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Festival Onça Pintada consagra bailarinos de MS e mostra força da dança local

Seis dos sete prêmios em dinheiro da 9ª edição do Festival Internacional de Dança de Mato Grosso do Sul ficaram no Estado

A 9ª edição do Festival Internacional de Dança de Mato Grosso do Sul encerrou-se no Teatro Glauce Rocha com uma constatação: a dança sul-mato-grossense vive um momento especial. Dos sete prêmios em dinheiro do cobiçado Prêmio Onça Pintada, seis foram conquistados por artistas e grupos do Estado, confirmando a supremacia regional em um evento que reuniu 1.640 bailarinos de 180 companhias de todo o Brasil, além da Bolívia e do Paraguai.

Quem levou os troféus:
    •    Melhor Grupo (Prêmio Onça Pintada) — Espaço Studio 2 (Campo Grande/MS) – R$ 8 mil
    •    Melhor Grupo Staff — Camerata Escola de Música e Dança (Pres. Prudente/SP) – R$ 3 mil
    •    Melhor Bailarino Júnior — Arthur Fonseca, Grupo Adagio / Espaço Studio 2 (Campo Grande/MS) – R$ 2 mil
    •    Melhor Bailarina Júnior — Sophia Dutra, Grupo Adagio / Espaço Studio 2 (Campo Grande/MS) – R$ 2 mil
    •    Melhor Bailarino Sênior — João Rodrigues, Espaço de Dança Selma Azambuja (Campo Grande/MS) – R$ 2 mil
    •    Coreógrafa Destaque — Mariana Guaritá – R$ 3 mil
    •    Melhor Coreógrafo — Diógenes Pivatto – R$ 6 mil

“É a confirmação de anos de trabalho incansável. Treinos, ensaios e o apoio de pais, professores e diretores resultaram nesse reconhecimento”, comemorou Yasmin Salame, coreógrafa e coordenadora do Espaço Studio 2, grande vencedor da noite.

Durante cinco dias, o Glauce Rocha recebeu plateia lotada para assistir a 300 coreografias em nove modalidades — do balé clássico ao hip-hop — distribuídas pelas categorias infantil, juvenil, júnior e sênior. A mostra competitiva distribuiu R$ 30 mil em prêmios e 75 troféus, além de 180 medalhas para solos e duos.

A visibilidade do festival rendeu 38 bolsas nacionais e internacionais. Entre elas, vagas no Miami City Ballet School, no Coreographic Ensemble Training (RJ) e no Curso de Férias Anacã (SP). Nomes como João Rodrigues, Valentina Bastos e Estela Paiva garantiram oportunidades que podem impulsionar carreiras.

Idealizado por Neide Garrido, o festival foi viabilizado pela Lei Rouanet, com apoio de Grupo Raviera, Grupo Pereira e Energisa. “A cada edição percebemos evolução técnica e artística. A dança emociona, transforma e conecta pessoas”, celebrou Neide.

Para a patrocinadora Energisa, o evento vai além do espetáculo. “A dança inspira e promove diálogo entre culturas e gerações — valores que também movem nosso negócio”, disse Fabiana Monfilier, gestora de projetos da empresa.

Olho no futuro
A edição 2025 — que já contou com oficinas, cursos e um dia exclusivo para bailarinos de 7 a 14 anos — fixou um novo patamar para o festival. Segundo Neide, “o talento revelado nas apresentações infantis e juvenis cria uma expectativa muito positiva para os próximos anos”.

Com a maioria dos prêmios em dinheiro ficando em casa, Mato Grosso do Sul reforça seu status de polo da dança no Centro-Oeste, enquanto o Festival Internacional segue como vitrine essencial para quem busca reconhecimento no cenário nacional e além-fronteiras. (Com informações Contexto Mídia).