Mato Grosso do Sul

Acusado de mandar matar dentista é condenado a 6 anos de prisão

Oswaldo José de Almeida Júnior foi julgado hoje no Tribunal do Júri em Campo Grande

Oswaldo José de Almeida Júnior,

Oswaldo José de Almeida Júnior,  mais conhecido como “Dinho”, 53 anos, é condenado a 6 anos de prisão, por ter mandado executar uma mulher em Costa Rica (MS).

Ele foi a júri popular hoje (04), em Campo Grande (MS). O crime aconteceu em julho de 2009, em Costa Rica (MS), mas o júri foi realizado na Capital a pedido dos advogados de “Dinho”.

Conforme a polícia, a morte da mulher foi encomendada de dentro da cadeia de Costa Rica, por R$ 30 mil. As investigações apontaram que na cadeia “Dinho” envolveu Jair Roberto Cardoso, 24 anos, no plano. E foi ele quem intermediou a contratação da pessoa que a mataria.

De acordo com testemunhas do processo, Jair  Cardoso contratou José Gleijano de Oliveira, 35 anos para executar o crime. Sem coragem, Gleijano contratou Jair dos Santos Souza, 28 anos, que acabou atacando a mulher e aplicou nela duas injeções do veneno conhecido como “Chumbinho”, após invadir o consultório da vítima em Costa Rica. A mulher foi levada para Campo Grande onde ficou internada e sobreviveu.

As apurações mostraram que Dinho queria que a mulher fosse morta a facadas. Durante a ação, foi levado o celular e dinheiro dela, a intenção era que o crime se passasse como latrocínio – roubo seguido de morte.

Dinho é visto como uma pessoa perigosa e, segundo disse à Polícia José Roberto Cardoso, tinha planos de matar outras pessoas em Costa Rica.

O executor do crime Jair dos Santos Souza e seu contratante José Gleijano, também já foram a júri popular, sendo ambos condenados a pouco mais de 8 anos de prisão, por tentativa de homicídio qualificada.

Periculosidade

Devido ao alto grau de periculosidade, após envolver-se com organizações criminosas e comandar de dentro do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande o tráfico de drogas e ter um carregamento de mais de mil quilos de maconha e cocaína apreendido, “Dinho” foi transferido para o Presídio Federal, onde continua detido.

Oswaldo Júnior é acusado ainda de mandar matar também em 2009 o advogado Nivaldo Nogueira, do qual foi cliente e amigo durante muitos anos.

“Dinho” ainda responde a diversos processos por agiotagem, tentativa de homicídio de Rodrigo Batista Flores, o qual teria sido confundido com Michel Leandro dos Reis, que confessou ter atirado no advogado Nivaldo.

Em março deste ano policiais do Garras – Grupo Armado de Repressão a Roubos Assaltos e Sequestros, encontraram uma ossada humana na fazenda Santa Maria, próximo a Figueirão (MS), durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

Exames apontaram que os ossos são de uma mulher, com idade entre 19 e 30 anos, que foi morta há mais de 5 anos. O crime está sendo investigado pelo Garras.