Interior

Em visita, Dilma será cobrada por conclusão de obra da Petrobras em MS

Direção da Petrobras teria afirmado ao Governo do Estado que obra será retomada em 2016

Obra está parada e causa prejuízos a toda a cidade (Foto: Arquivo/Correio do Estado)

A visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Três Lagoas, nesta sexta-feira (30) será exclusivamente para lançamento da pedra fundamental que marca a ampliação da fábrica de celulose Fibria. No entanto, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) garantiu hoje que cobrará da presidente a conclusão das obras da fábrica de fertilizantes da Petrobras, que está suspensa desde a crise instalada na empresa.

Em agenda pública na manhã de hoje, Reinaldo disse que apesar de a Petrobras ter confirmado que em fevereiro do ano que vem lançará edital a fim de buscar novo parceiro com objetivo de finalizar a construção da fábrica, a cobrança será feira a Dilma.

“No ano que vem, pelo que nos disse o diretor de gás e energia será equacionado o novo parceiro privado”, completou.

OBRA PARADA

Em maio deste ano, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 36.041.213,89 nas contas das empresas Galvão Engenharia S.A. e Sinopec Petroleum do Brasil LTDA, as quais constituem o Consórcio UFN III, responsável pela obra da fábrica de fertilizantes da Petrobras.

A ação civil pública foi ingressada pelo Ministério Público Estadual (MPE/MS), visando condenar as duas empresas e a estatal Petrobras em responsabilidade subsidiária o pagamento do calote a fornecedores na execução da obra UFN III na cidade de Três Lagoas.

Segundo a promotora de justiça Ana Cristina Carneiro Dias, para a construção da unidade a Petrobras formulou contrato com as empresas Galvão Engenharia S.A, GDK SA e SINOPEC, que formaram o Consórcio UFN III para a construção do empreendimento que perdurou até dezembro de 2014, quando a estatal rescindiu o contrato alegando que não teria sido cumprido. Pouco antes da rescisão, a Petrobras concedeu adiantamentos de aportes de recursos ao consórcio para pagamentos dos credores, o que não aconteceu.

As obras foram paralisadas e os empresários fornecedores, em sua maioria de Três Lagoas ficaram com um crédito de quase trinta e sete milhões de reais, sendo que a insolvência do consórcio vem causando graves prejuízos à economia e sociedade local.

Em cumprimento à decisão judicial, já foram bloqueados R$ 36.041.213,89 (trinta e seis milhões, quarenta e um mil, duzentos e treze reais e oitenta e nove centavos) da Petrobras, devido à inexistência de valores disponíveis em contas bancárias das empresas do consórcio.

Os credores deverão requerer a liberação de seus créditos mediante ações judiciais individuais.

Fonte: Correio do Estado/Aliny Mary e Kleber Clajus