Polícia

Assessor de vereador é preso suspeito de vender terreno público para casal

No carro do assessor foram encontrados vários envelopes com vários documentos da prefeitura, entre eles, Termo de Outorga e Permissão de Bem de Uso público, nitidamente falsificados, com colagem de assinaturas por cima do texto original.

Assessor de vereador, João Maria dos Santos, 54, foi preso ontem (14) acusado de estelionato, depois de vender um terreno da prefeitura para um casal e entregar documentos falsificados para as vítimas. O caso aconteceu em Paranaíba, distante 422 km de Campo Grande.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, a vítima, uma mulher de 33 anos, relatou à Polícia Civil que ela e o esposo moram em Tanabi, São Paulo, e que procuraram o setor administrativo da prefeitura para obter informações sobre a compra de um terreno em Paranaíba em 2015.

No local, João, funcionário da prefeitura, os atendeu e afirmou que o terreno custava R$ 5,7 mil. O casal realizou o depósito para a irmã, que mora na cidade e pediu que o dinheiro fosse entregue a João.

Quase um ano depois, em dezembro de 2016, João entrou em contato novamente com o casal e pediu R$ 700 para que fosse ligado água e energia do terreno. O dinheiro foi entregue em mãos ao assessor, pela mulher.

Ainda segundo o registro policial, as vítimas ligavam constantemente para João para saber como estavam os trâmites de regularização do terreno. Nesta sexta-feira, o casal saiu da cidade onde mora e foi até a prefeitura de Paranaíba com os documentos entregues por João.

Funcionários da prefeitura informaram que os documentos eram falsificados e o casal foi encaminhado ao setor administrativo. Com o caso, um servidor da prefeitura entrou em contato com a Polícia Civil. A vítima informou ainda que por não ser alfabetizada, não sabia que os documentos eram falsificados.

Os policiais pediram para que a mulher entrasse em contato com João pedindo que a encontrasse. No local do encontro, os policiais o esperavam. Quando João chegou, ele foi encaminhado à delegacia.

No carro do assessor foram encontrados vários envelopes com vários documentos da prefeitura, entre eles, Termo de Outorga e Permissão de Bem de Uso público, nitidamente falsificados, com colagem de assinaturas por cima do texto original. Isso comprovou as investigações de que o acusado, por ter acesso aos documentos públicos, revendia propriedades municipais.

O vereador para quem João Maria trabalha, foi procurado pela reportagem do Campo Grande News, mas não atendeu as ligações até o fechamento deste texto. 

Fonte: Campo Grande News