Mato Grosso do Sul precisa vacinar meio milhão de pessoas com segunda dose da AstraZeneca
Secretaria de Saúde afirmou que próximas remessas da patente serão destinadas apenas para segunda aplicação
| Costa Rica em FocoA SES - Secretaria Estadual de Saúde - anunciou que todas as doses recebidas por Mato Grosso do Sul da AstraZeneca serão destinadas para a segunda aplicação do imunizante (D2). Conforme dados do painel Mais Saúde, do governo Estadual, ainda precisam aplicar 552 479 doses.
A patente prevê intervalo de até três meses entre as duas doses, desta forma, os reforços que falta serem aplicados não estão atrasados. Ainda que dentro do prazo, a SES adotou a medida de antecipar os imunizantes nas pessoas que já tomaram a primeira dose (D1)
Na tarde de ontem (20), pousaram na Capital 97,5 mil doses da vacina, que já foram encaminhados para os municípios. Mesmo sem as novas aplicações da AstraZeneca, a secretaria garantiu que o ritmo de aplicações da D1 não será afetado.
Para primeira fase do ciclo vacinal, serão usadas as outras patentes. Da Pfizer, desembarcaram 842,4 mil doses no domingo, e da Janssen, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que 1,5 milhão de imunizantes serão entregues ao Brasil amanhã (21).
A Coronavac voltará a ser aplicada para D1, conforme resolução publicada no Diário Oficial do Estado do dia 18 de junho, mesmo que a D2 esteja atrasada para 21.977 sul-mato-grossenses.
O intervalo as aplicações supera o recomendado pela bula do Instituto Butantan, que é de 28 dias. O atraso se deve à dificuldade de importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que é o insumo usado para fabricar a vacina.
"A estratégia de imunização da SES sempre foi com que as pessoas recebam as duas doses de vacina, respeitando a especificidade da vacina de cada fabricante", informou a SES.
Ao todo, somando D1 e D2, foram aplicadas 674.053 doses em Mato Grosso do Sul. De acordo com relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é o estado mais avançado na vacinação do país.
AstraZeneca
Produzida em parceria com a Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz, possui segurança geral de 70% após aplicação das duas doses.
Conforme o Ministério da Saúde, o intervalo de aplicação entre a primeira e segunda dose deve ser de três meses.
Após recomendação da Anvisa, a aplicação do imunizante foi suspensa em gestantes.
A patente ficou conhecida por provocar mais reações que as outras. Na semana passada, a médica infectologista, Rafaeli Cardoso Barbosa afirmou ao Correio do Estado que os sintomas são mais leves na D2 do que na D1, e que elas dependem sistema imunológico de cada pessoa.
Ela reforçou que sem a segunda dose, a imunidade contra o coronavírus não está completa, e que não é necessário grande temor as reações adversas.
"Nem tem comparação entre reação da vacina e sintomas de Covid-19 grave. Reação acontece no máximo por 48 horas e cessa ao uso de medicações", apontou.